sexta-feira, 10 de agosto de 2012

This Is What Makes Us Girls

Era pra ser um dia deplorável qualquer, cansativo, sedentário e monótono. Estava sendo, até então (vide "Tédio").
E aí o interfone tocou. A empregada disse seu nome errado, te chamou de Júlio. Eu ri. Me senti muito bem por ter um motivo pra sair desse covil digital mofado, sentia falta do vento. E melhor ainda porque lembraram de mim. Não estou acostumado.
E fui abrir o portão pra vocês.
Engraçado como o mundo inteiro perde toda sua magnitude quando quatro adolescentes problemáticos se juntam pra rir. O céu noturno estava gelado, sem muitas estrelas. Mas elas não importavam naquela hora. Os ventos frios eram repelidos pelo calor de nossas gargalhadas escandalosas que irritavam o porteiro - o que nos fazia rir mais ainda.
E não somos gênios, não somos revolucionários, não tiramos boas notas, não sorrimos o tempo inteiro. Na verdade não somos muito especiais. Somos vagabundos.
Eu sinceramente não sei se é puro drama meu, ou se estou acostumado demais com essas grades, mas obrigado por terem me lembrado de que os ventos ainda existem, e que eles ainda passam pelo meu rosto. Há muito eu não ria.
Por outro lado, eu sei que nunca irão compreender minha excessiva necessidade de... vocês. Eu sempre me senti uma menina enfiada no meio de marmanjos, e muito bem protegida. Não sabem como eu me orgulho e me inspiro em vocês. Talvez por isso eu seja tão grudento e infantil. Chorão...
Obrigado, apenas. Por existirem, por viverem perto de mim, por gostarem de mim, por me fazerem feliz (mesmo que temporariamente).

Nenhum comentário:

Postar um comentário